"Que a escrita me sirva como arma contra o silêncio em vida, pois terei a morte inteira para silenciar um dia"



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quarta-feira, 23 de março de 2011

Educação: Um breve relato sobre o caminho trilhado por nós, desde o Brasil colônia à nova república.

Ouvi certa vez de um individuo, que a educação não melhorou em nada desde a época do império, até os dias atuais, e fiquei muito entristecida. Sabemos que nosso sistema educacional ainda é falho, mas será que nada mudou mesmo? Abaixo, segue um breve relato sobre o percurso da educação . Reflita sobre o tema e depois deixem seu comentário sobre a importancia da educação na cosntrução da sociedade e formação do caráter crítico.

Durante o Império, a educação era “utilizada para criar” dois grupos: os pensadores e os trabalhadores. Com essa descrição já fica fácil entendermos que nesse período, as classes pobres, eram as menos favorecidas, cabendo a elas apenas o conhecimento daquilo que pudessem usar no trabalho braçal e que os desse consciência de seu “lugar” inferior na sociedade, o que automaticamente tornava a educação um veiculo  favorecedor da “elite”, que por sua vez, tinham seus integrantes inseridos nas melhores escolas, o qual recebiam educação especial e diferenciada, eram ensinados a pensar, a governar, a ser superior. Ou seja, durante o império, a educação era exclusiva a classe “dominante”, constituída por em sua maioria latifundiários, senhores de engenho, fazendeiros do café. Vale lembrar que nesse período, ainda havia grande influencia da igreja sobre a sociedade e conseqüentemente a base da educação era a religião. O descaso e desinteresse pela educação dos pobres, negros e escravos apenas nos ilustra que nesse período, a educação era preconceituosa, racista e classicista.
Com a proclamação da republica, a corte portuguesa deixa o Brasil, com isso uma melhoria na educação começa a ser vista, sendo que surge aos poucos um novo processo educacional, que recebe grande influência da filosofia positivista. Durante a denominada Primeira República aconteceram varias reformas, entre elas, a de Benjamin Constant que tinha como princípios orientadores a liberdade e laicidade do ensino, como também a gratuidade da escola primária. Vale lembrar que nesse período, é promulgada a primeira Constituição da República, que trouxe pela primeira vez em um documento tão importante a descrição que a educação “é direito de todos”.
Em seguida, obviamente como resultado da política do governo anterior, entramos na Segunda República, a elite, constituída principalmente pelos grandes latifundiários e cafeicultores, começa a entrar em crise devido ao inicio da diversificação agrícola, o que acarreta na necessidade de uma reestruturação social e política. Esse período, ao meu ver, é sem dúvida um dos mais importantes da educação brasileira. Nele, durante o governo de Vargas (1930) aconteceram transformações que mudaram radicalmente o caminho da educação, entre elas, a criação de um ministério para educação e cultura e a introdução de disciplinas de caráter técnico-científico, fazendo que a educação não seja tão centrada na religião como nos períodos anteriores. Nesse período, também é criada a nova constituição, cujas características mais importantes foram à autorização para a fiscalização do ensino e a obrigatoriedade de que os municípios e estados repassem pelo menos 10% do orçamento para a educação.
Infelizmente a política adotada aqui, não dura muito. Em 1937, deu-se inicio a Ditadura Militar, um período marcado pela repressão e que, tendo o seu eixo voltado aos interesses do estado/governo, salientava que a educação não era obrigação do estado e sim das famílias e empregadores. Aqui, a educação teve uma grande queda, e os brasileiros não tinham liberdade de expressão nem oportunidades para se desenvolverem intelectualmente. Esse período, nos da à oportunidade de ver um dos principais papéis da educação: a conscientização e a possibilidade de transformação que ela pode exercer na sociedade. Talvez, em uma busca por frear o desenvolvimento e manter os homens sob seu comando o estado lança mão em um dos firmamentos, (ou seria alicerce?) da sociedade: a educação. Essa, quando bem estruturada abre os olhos e nos permite contemplar horizontes antes não vistos, tornando assim mais difícil um comando leigo ou preconceituoso.
Em seguida, adentramos o período da Nova República. Nessa fase, o ensino passa finalmente a ser obrigatório e gratuito, e o estado passa a ter maior responsabilidade na educação técnica e profissional destinada as classes menos favorecidas. Ou seja, todos na teoria, podiam ter acesso à educação primária, secundária e a formação profissional. No entanto, o processo educacional ainda é muito, mas muito falho e grande parte da pequena minoria que terminava a escola primária, não tinha acesso a secundária. Podemos ver aqui, um reflexo da educação classicista regida lá no império: para “elite” temos o ensino secundário e superior, e para a classe menos favorecida o ensino primário e, em pequena quantidade profissional.
Porém, podemos destacar dois grandes fatores ocorridos na educação durante o período da nova república: nela, foi instaurado na nova constituição, o direito a educação gratuita e em todos os níveis, para aquelas pessoas que comprovassem falta ou insuficiência de meios e também a criação da lei das diretrizes e bases que visava à ampliação e melhoria da educação.

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